Dizem que ser forte é saber demonstrar alegria quando não se
sente, sorrir quando se quer chorar, calar quando se quer gritar. Pode ser, mas
também dou a isso o nome de auto enganação. Procurar estar feliz é um exercício
diário e constante, e assim como qualquer tipo de exercício, tem dias em que a
gente tá com preguiça. Nesses dias, me dou o direito de estar triste, de chorar
e de ficar quieta no meu cantinho. A tristeza ás vezes é uma forma que a alma tem
de nos chamar a atenção para certas coisas que gritam por ajustes. Diferente do
que todos pensam a quietude que nos toma quando estamos tristes, deve ser
aproveitada para uma autoanálise profunda e já que está triste, aproveita e
coloca pra fora, nem que sejam em forma de lágrimas, dores que vem pesando o
coração. Isso faz bem. Ao menos para mim faz.
Não sei por que pessoas tem vergonha de chorar, de assumirem
estar tristes, de dizerem ter problemas, ninguém se torna menos por
assumir ser humano, por ter coragem de se desnudar diante da vida. Acho até que
é através dessas atitudes que conseguimos tornar a nos vestir com uma roupagem
mais adequada, mais condizente e límpida.
É não dá para ser forte o tempo todo. Penso até que deve ser um
tanto quanto estressante querer ser politicamente correto 48 horas por dia,
tentando agradar a gregos e troianos, menos a si mesmo. Pior que tem gente que
se acostuma tanto a essa mediocridade, que nem percebe que está cavando a
própria sepultura, porque no fim, mesmo os hipócritas preferem pessoas dotadas
de autenticidade.
Eu choro, fico triste, faço minhas terapias malucas, que dão
super certo, deito no divã de DEUS e oro
muito, e isso não me permite ficar lamentando. O lamento é um sentimento
pesado, viciante, que nos afasta da alegria, do prazer de viver. Quem só
lamenta torna-se persona
non grata, e acho muito triste quando alguém se aproxima e as
pessoas quando a veem ‘torcem o nariz’, porque uma das grandes dádivas da vida
é ver o sorriso estampar o rosto das pessoas quando elas nos veem
chegando. Por isso, quando começo a perceber que estou perdendo o brilho
dou logo um jeito de jogar purpurina na vida e me agarro na certeza de quer fui
feita para brilhar.
Não tenho receio em dizer que teve dias em que chorei tanto que
pensei que iria desidratar, assim como também não me constrange dizer que tenho
meus dias de tristeza e solidão, quando às vezes me procuro e não me encontro
em mim mesma.
Mas prefiro assim, ser livre para sentir amor e dor, porque
ambos os sentimentos nos acrescentam, nos fazem crescer e oferecem todas as
respostas que insistimos em buscar no outro, lá do lado de fora da gente. E
vergonha teria que ter se eu não respeitasse o meu lado humano, esse lado cheio
de falhas, passível de erros, mas ávido por aprender a acertar.
Vasculhando a internet, encontrei esse texto, achei interessante e resolvi postar, caso a pessoa a quem ele pertence não gostar, pode comunicar-me.
Por Keka
Demétrio
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